quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pouso da Cajaíba - Paraty/RJ



No último feriado, do dia 09 de julho de 2010 (Rev. de 32), parti junto com a galera do Simborapovo pela terceira vez nessa intensa aventura!
Pouso da Cajaíbaaa!!!! Este local mágico esta localizado em Paraty, município do estado do Rio de Janeiro, na Reserva Ecológica de Juatinga, praia de difícil acesso, só conseguimos alcança-la por barco que parte de Paraty-Mirim ou por trilha que dura 2 dias a partir de Trindade.
Lá encontramos uma pequena vila caiçara com não mais que 200 habitantes que sobrevivem da pesca e do turismo roots, pois como não há infra-estrutura básica, não são muitas pessoas que se aventuram, para se ter uma idéia, o programa do governo federal "Luz para todos" ainda não chegou por lá e a energia elétrica é adquirida por geradores e placas de energia solar, além disso nos deparamos com coisas que para paulistanos convictos soa como um desepero, como a demora para a comida ficar pronta, filas para um banho quente(quando o tem), a cerveja que não esta tão gelada ou quando a mesma acaba.
Este isolamento geográfico junto com a imensa beleza do local permite uma total desvinculação com as regras sociais estabelecidas e um fabuloso encontro com si mesmo, com a libertação de pudores, a despreocupação com o mundo e o desaparecimento de depressões emocionais e quando você se dá conta a vida esta acontecendo exatamente como ela é simples, linda e livre.
Para tanto, é necessário realizar um grande exercício que é o de desprendimento da sua rotina e abrir seu coração a um estilo de vida desconhecido e para a energia que vem da natureza, de onde todos viemos.
Lembrando que boas companhias são sempre bem-vindas, isso significa que sempre será um imenso prazer viajar com essa galera do Simborapovo que esbanja energia positiva e onde conheci pessoas maravilhosas q levarei para sempre na mente.
Praias desertas, paradisíacas, um mar de cor azul claro de águas cristalinas, do tipo reflectiva (ou praia de tombo), mas com águas calmas, que até me encorajam na prática do mergulho livre.
Eu como uma boa aventureira e com recursos financeiros escassos, optei por me hospedar num dos poucos bens q possuo nessa vida: a minha barraca!! Mas, para os mais providos de dinheiro (não é tão mais caro assim!) e desprovidos de coragem há a opção pousada tb (aaii q invejaa!! Kkkkkk....)
Para os adeptos do camping, sugiro um pequeno investimento finaceiro e de alguns kilos a mais na sua mochila, para um colchão inflável ou um bom saco de dormir, pq por experiência própria posso dizer que é ossooo dormir no chão só com um isolante térmico!! E para os pães-duros, mas menos burros, um colchãozinho de piscina já ajuda bastante!!
Há várias coisas para fazer em Pouso, mas no meu caso tudo só resume a uma só: beber, beber, beber e beber.
Brincadeiras a parte (apesar q toda brincadeira tem um fundinho de verdade...KKKkkkk), há trilhas q partem de Pouso para diferentes praias de beleza cênica equivalentes. A tradicional trilha adotada pela galera do Simbora e a para a cachoeira da Praia Grande da Cajaíba de nível fácil a moderado, mas não tente fazer na chuva pq as coisas ficam mais complicadas.
Para chegar ao nosso destino passamos por um morro que dá acesso a praia de Ipanema, depois por outro morro mais ameno e chegamos a Calhaus ( na minha opinião a praia mais bonita!) e mais um morro tenebroso e chegamos a uma praia desertíssima q não lembro o nome e por último um morro mais ou menos e chegamos a neste momento tão sonhada Praia Grande, lá existem dois barzinhos localizados estratégicamente, afinal depois 1h30m de caminhada ficamos sedentos por uma cerveja! Desta praia ainda é necessário andar mais uns 10 minutos para chegar na cachoeira, que é sem dúvida muito bonita, mas se você for corajoso e continuar subindo o rio pelas pedras (não há trilha pelo mato) encontrará cachoeiras muito mais bonitas, que quando fui em novembro de 2009 consegui chegar até a segunda, mas cabe a mim informar que quer seja pelo nível de dificuldade ou pela minha enorme habilidade, me machuquei muito nessa empreitada, sem dúvida valeu a pena, mas sem pretenção de voltar e para terem uma idéia, desta vez, cheguei da trilha e fiquei espatifada na areia até a hora de ir embora, tamanha era a ressaca do ser em questão.
Para finalizar, as noites não deve ter muito o q fazer se você for sozinho e fora de temporada, mas com o Simborapovo e diversão garantida, para todos os gostos musicais e níveis alcóolicos: vai de maracatu, passando pelo forró e alcançando o amaldiçoado funk que leva a galera a loucura a ponto de gritar o hino da FFLECH que diz: "Acabou o Amor, isso aqui vai virar o Inferno!!"
 (PS. se relatarem algo sobre a minha pessoa dançando este tão odiado ritmo em cima do banquinho, infelizmente não era eu, era alguém parecido comigo....Kkkkkk).
Considerações finais:
Em Pouso você pode tranquilamente: fazer xixi no mato, ganhar o gato no 2 ou 1 (Kkkkkk...), elaborar planos maquiavélicos, dançar funk em cima do banquinho, tirar o amigo da cama dele e ainda ficar brava com o ser, cantar no barco, vômitar no riozinho, chamar alguém para ver plânctons, dançar forró sem saber dançar forró, bater papos altamente filosóficos...aaahh, em fim, muitas coisas!!
Sessão ecochata:
- não deixe de reparar nos plânctons que emitem fluorecência na calada da noite;
- na trilha há bromélias maravilhosas;
- Mergulhe e repare na quantidade de ouriços possuem naqueles costões rochosos;
- Admire o polvo, mas não pertube-o e principalmente Não o Tire de dentro d'água!!!!
Conselho: CUIDADO COM A CACHAÇA COQUEIRO!!! DOR DE CABEÇA NA CERTA!!!
Informações extras:
Vídeo:

2 comentários:

  1. Oi Mariana, encontrei seu blog pela foto do Pouso. Gostei demais de ler sobre sua experiência aqui, suas percepções refletem bem a nossa experiência de viver aqui.. um abraço pra vc e que continue a compartilhar com o mundo sua forma sensível de enxergá- ló.

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  2. Lugar paradisíaco!!!! Maravilhoso!!! Muito bom. Simplesmente inesquecível. Morrerei um dia, mas nunca deixarei de lembrar desse paraíso. É um lugar que meus filhos adoraram e sempre falam que jamais esquecerão. Fomos num grupo de 12 pessoas. INESQUECÍVEL. Se Deus ajudar, um dia voltaremos lá. Jefferson Nascimento, de cabo frio/rj

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