sábado, 11 de setembro de 2010

O Valor de uma madrugada de sexta.

A noite esta fervendo, sexta a noite em São Paulo, parece um tanto bucolico estar em casa, na frente de computador, escutando musicas interiorizadas, ainda mais para mim tão saidinha e botequeira.
Estranho mesmo é preferir estar neste estado melancolico à estar rindo em companhias agradáveis para esconder de mim mesma um estado lastimável.
Medo, medo, medo…. isto é tão presente na minha vida: medo de dirigir, de nadar, de agulha, de assombração, de altura, de elevador, de apaixonar, de crescer, de continuar não sendo nada e ser nada pra sempre.
Minha vida no fundo é uma grande luta aos enormes medos de tudo que sinto e no momento tem 2 incomodando e uma apavorando:
O que incomoda enfrento, o que apavora travo, não dá para resolver, a melhor maneira fugir.
Não sei se quero fugir, mas não sei se isso é mesmo fundamental e se não for, desconsidere-o.
Fato: as vezes a diversão inconsequente cansa e é o hora de pensar em coisas mais sérias.
Não que eu esteja me julgando, até por que o fim de todos será o mesmo: sete palmos embaixo da terra, portanto tudo leva ao nada e nada nunca vai fazer sentido, mas um pouco de emoção não faz mal a ninguém.
Tá faltando emoção!! Por exemplo, ver o sol nascer entre os prédios da varanda de casa e pensar hoje o dia vai valer muito a pena e não hoje será mais um dia.
Mas, emoção me faz perder o controle da situação, logo não é vantagem para quem gosta de deter tudo sob seus olhos enganados.
O valor de uma madrugada fria de sexta é poder derramar devaneios tolos sobre letrinhas e compor um texto para si, somente para si, para tentar enchergar o que o coração fala, mas os olhos recusam a ver, idiotice ver.